Localização: Rua Conselheiro Januário, 133-135 – Braga
Área de implantação: 452,94m2
Área Bruta de Construção: 1690m2
Arquitetura: Arq.ª Aline Guerreiro

O presente projeto refere-se à reconstrução de dois edifícios no centro histórico de Braga, para que se torne num complexo habitacional coletivo, com 17 fogos, com demolição das edificações existentes.

Proposta

O projeto foi desenvolvido considerando sempre a preservação arquitetónica da envolvente, respeitando o lugar, dando preferência a materiais naturais e vegetais que dignificassem o enquadramento não desvirtuando nem desvalorizando os edifícios existentes.

Procurou-se o enquadramento com as construções envolventes através das opções volumétrica que não alterassem a envolvente, apesar da cércea ter aumentado em 2 pisos (1 + 1 recuado). O aglomerado de cortiça expandida utilizado pontualmente nas fachadas posteriores é um material natural de características térmicas e acústicas excelentes, além de ser um material 100% natural e nacional o que valoriza não só a nossa economia como potencializa a obtenção de uma excelente performance do edifício em termos térmicos e acústicos, podendo ainda ser utilizado “à vista” como é sugerido no desenho que é proposto. Sendo alternado com o revestimento em sistema ETICS também em aglomerado de cortiça, com acabamento na cor branco, como é apresentado nas imagens realistas e no desenho de pormenor, respetivamente.

A opção por colocação de floreiras em alguns pisos e cobertura ajardinada no ultimo piso prende- se com a necessidade emergente de tornar as nossas cidades cada vez mais “verdes” indo ao encontro das tão aclamadas smart cities onde o fundamental é tomar decisões que promovam, entre outras ações, uma melhoria da qualidade de vida nas cidades, promovendo as que fomentem por exemplo a qualidade do ar. Ora, as opções verdes nos edifícios são verdadeiros sumidouros de carbono e libertadores de oxigénio o que contribui para um melhor ambiente construído.

A sua volumetria foi pensada com proporções e escala relacionadas com a dimensão humana. Os vãos envidraçados para o exterior foram desenhados nas várias orientações de forma a obterem uma classificação energética melhorada aquando da sua realização.

A solução de projeto procura contribuir para a harmonia ambiental, urbanística e funcional do local.
O edifício insere-se no Centro Histórico de Braga e é uma zona predominante de habitação coletiva e confronta com arruamentos públicos nos lados Norte e Sul.